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Conversa, terça feira, 21 de agosto 2012

Queridos irmãos e irmãs, 

Desde sexta feira, estava sem internet na Venezuela e cheguei ontem (2a feira) cansadíssimo, tenso com a perspectiva da cirurgia cardíaca de minha irmã Penha e com médica e uma celebração longuíssima em uma paróquia de Camaragibe, onde nasci. Então, só, agora, terça à noite, posso voltar a lhes escrever. 

Ainda estou meio envolvido pelo encontro no Paraguai com o presidente Fernando Lugo e o pessoal da frente ampla Paraguai resiste. Não sei fazer isso e nem sei se vocês conseguirão abrir, mas aí embaixo vão duas fotos que um jornalista amigo me mandou do encontro com o presidente Lugo. 

O encontro em Caracas contou com umas 200 pessoas. O título era "encontro ecumênico internacional sobre espiritualidade libertadora à luz da teologia da libertação". Dentro desse encontro, meu papel era coordenar uma reflexão sobre teologia da libertação e a revolução bolivariana. A maioria dos/das participantes vinha de movimentos e comunidades católicas ligados ao bolivarianismo. De padres, só eu e mais dois venezuelanos e um salvadorenho que foi amigo e colaborador do arcebispo Dom Romero. Um grupo de umas 20 pessoas presbiterianas, um grupo pentecostal e alguns anglicanos. Um grupo bom de jovens universitários e uma ou outra pessoa ligada ao governo. Foi um encontro excelente. Além dos venezuelanos/as, veio uma representação da Argentina, do Equador, de El Salvador, um do Canadá e eu do Brasil. Muito diálogo, uma boa amostra da realidade, um certo nível de homogeneidade. No domingo, acertaram uma mensagem final que vou traduzir em português e prometo repartir com vocês. 

Voltei cansado, mas feliz com a graça que Deus me dá de poder ser testemunha e mesmo de forma pobre e frágil colaborar com esse processo tão importante para o nosso continente. Como disse Jesus, "felizes os olhos que vêem o que vocês vêem e ouvem o que vocês podem ouvir".

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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