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Artigo, quinta feira, 13 de agosto 2015

Vale a pena reproduzir o artigo do amigo Gogó: 

Nada vale a pena quando a alma é pequena. 

Roberto Malvezzi (Gogó)

O que mais chama a atenção da direita que está nas ruas é sua alma pequena, a incapacidade de enxergar o outro, o olhar narcisístico que só enxerga o espelho.

Aliás, essa é a essência de ser de direita, não enxergar ninguém mais além do próprio umbigo.

Em qualquer país do mundo que se chega, os cidadãos gostam de falar de suas conquistas, inclusive da justiça social. Só aqui o fato dos pobres saírem da miséria, de participarem um pouco mais dos frutos do trabalho, de conquistar bens básicos como água, alimentação, moradia, sem falar na energia, no telefone, etc., gera tristeza e ódio nessa população que está nas ruas.

Não há em seus discursos um único gesto de solidariedade, uma única palavra de reconhecimento pelas conquistas que as populações mais marginalizadas desse país fizeram nos últimos anos.

Os problemas desse governo são muitos, a corrupção é um deles, mas não o único e nem o principal. Os juros do Brasil devoram nossas riquezas, por eles há multidões que perdem muito e poucos banqueiros e especuladores que ganham uma fábula. O insuspeito Benjamim Steinbruch calculou que de 2013 a 2015 o Brasil pagará 1,038 trilhão de reais de juros (“Você Sabia?” UOL, 11/08/2015). O que é o dinheiro da Lava Jato (uma ninharia) diante dessa fábula de recursos públicos transferidos para os especuladores?

Além do mais o combate à corrupção é farisaico e seletivo, até porque há outros escândalos como o da Suíça, dos Zelotes, que flagrou gente da mídia, donos de meios de comunicação, jornalistas, apresentadores de TVs, artistas, gente do meio jurídico. Mas, esses parece que podem fazer o que fazem.

Portanto, o combate à corrupção acaba sendo apenas um pretexto – além da monumental hipocrisia - para a direita que vai às ruas pedir impedimentos e retorno do regime militar.

Lembrando e invertendo Fernando Pessoa, “nada vale a pena quando a alma é pequena”.

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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