Queridos irmãos e irmãs,
Hoje é o dia da independência dos Estados Unidos que continuam intervindo sorrateiramente ou descaradamente em países pobres do mundo inteiro e que se crê com alguns indícios visíveis que esteve por trás do golpe sujo do parlamento paraguaio para derrubar o presidente que o povo elegeu e que estava mudando o país a serviço da maioria do povo. A imprensa golpista brasileira continua escrevendo diariamente falando de que o Brasil e outros países deveriam não se meter na política interna do Paraguai, quando, de fato, o Paraguai faz parte do Mercosul e Unasul e o que os nossos países estão fazendo é simplesmente exigindo que ele cumpra as regras que ele próprio votou para todos os países do bloco continental.
Na manhã de hoje, colaborei com os amigos da Cara Vídeo para um roteiro de filme (curta metragem de 15 minutos) sobre os 90 anos de Dom Tomás Balduíno, nosso patriarca e a herança que ele nos dá na pastoral popular e no apoio aos movimentos sociais.
Depois almocei na casa de minha amiga Thânia Coimbra onde conheci e conversei com Luis Serguilha, um poeta português que está no Brasil para algumas atividades literárias e vai participar da FLIP de Parati. Um homem que diz sua proposta de transformação do mundo e da vida pela força de seus poemas que espero em breve apresentar ao menos alguns a vocês.
A tarde com meu sobrinho Thiago e a noite um lanche junto com Terezinha (Tê), amiga e irmã, completaram o dia. Agora, me preparo para dormir com a leitura e estudo do livro que ontem comprei na Paulus: "Para uma espiritualidade leiga" (sem crenças, sem religiões e sem deuses). O sub-título é bem provocativo. O autor Marià Corbi é um sociólogo e teólogo amigo, catalão de Barcelona, diretor de um centro de investigações sobre a religião e que propõe resgatarmos a sabedoria humana e espiritual das grandes tradições religiosas da humanidade em um contexto cultural inevitavelmente leigo e sem pertenças institucionais a nenhuma religião. Apesar de que aparentemente possa soar o contrário, essa busca na qual esse autor nos conduz me lembra um salmo no qual oramos a Deus: "Em tua luz, vemos a luz". É o que basta.