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Conversa, terça feira, 19 de junho 2012

Queridos irmãos e irmãs.

Hoje encerrei minha participação (pequena) na Cúpula dos povos. No domingo à noite, participei (da elaboração e preparação, mas não da coordenação) da vigília inter-religiosa da qual já falei aqui. Ontem, segunda feira, ajudei em um momento de espiritualidade ecológica e ecumênica no plenário sobre Carta da Terra e juventude, com a participação e falas de Marina Silva e Letícia Sabatella. À tardinha, participei e falei em um ato promovido pela Via Campesina e outros movimentos sociais - ato de solidariedade aos povos da América Latina. Nesse evento, reencontrei depois de muitos anos o padre Miguel d´Escoto, nicaraguense que foi ministro das relações exteriores da Nicarágua sandinista e nos últimos anos presidente da Assembléia geral da ONU. Agora ele está com mais de 80 anos e como ex-presidente da assembléia das nações unidas, tem uma visão do mundo de um ângulo muito próprio e profundo. Por isso, me senti confirmado quando ele me cumprimentou com muita amizade e me perguntou: - Onde está o seu livro sobre bolivarianismo? Vai sair em espanhol? Tentei justificar que não luto por isso e ele me disse: "Seu trabalho por uma espiritualidade socialista para o século XXI é muito importante para nós e seu apoio ao bolivarianismo é muito correto. Continue nesse caminho".

No encontro, dei meu testemunho e fui participar ainda (muito cansado) da Ciranda da Paz, coordenada pela Regina Fittibaldi e Marcos Arruda na areia da Praia do Flamengo. Dancei com o pessoal (umas 50 pessoas) uma hora, mas depois voltei para casa. Tinha passado o dia todo andando de tenda em tenda e no calor do Rio. De manhã, tive de descer de Sta Tereza de moto taxi, andando a nao sei quantos quilômetros pelas ruas esburacadas e agitadas do centro do Rio. Hoje, durante toda a manhã, participei da coordenação e assessoria da tenda 9 sobre "Educação popular e o bem viver indígena". A roda de conversa começou com uma fala do meu amigo o ministro Gilberto Carvalho e depois outras pessoas inclusive gente de base relatou experiencias. Eu concluí o encontro e me disseram que tinham gostado. Depois farei para voces um relato mais global do encontro.

Mesmo se as propostas novas são poucas e o risco de falarmos de nós para nós mesmos é grande, esse encontro pode ser uma profecia para a humanidade. Tomara. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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