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Conversa, domingo, 17 de junho 2012

Queridos irmãos e irmãs, 

Nesse final de semana, fiquei em um sítio da Serra Fluminense, perto de Nova Friburgo. Um lugar lindo, mas sem telefone, nem internet. Ali coordenei a celebração do casamento de Lucas e Lia, a filha de Chico Alencar, meu amigo e deputado federal do Rio. Uma celebração ecológica e muito afetuosa. Voltei ao Rio hoje à tarde e fui direto para o Aterro do Flamengo, onde acontece a Cúpula dos Povos. Sempre me emociona muito esses encontros da humanidade, nos quais encontramos pessoas e grupos do mundo inteiro e com os mais diversos teores e trabalhos. Participei de uma vigília interreligiosa pela paz e pela ecologia, junto com alguns velhos amigos como Luiz Alberto e Lúcia Ribeiro, Chico Whitaker, um dos fundadores e coordenadores do Fórum Social Mundial e sua esposa Stella e outros. Era um ambiente bom e espiritual. Pena que era muito longo, com fala demais e tudo tinha de ser traduzido em três línguas (português, espanhol e inglês). Reuniu muita gente, penso que quase mil pessoas. E expressou um compromisso pela paz e pela ecologia, feito pelas pessoas religiosas de diversas tradições. Estou hospedado na casa de um amigo que fica em Sta Tereza, quase em um beco, meio no fim de uma rua popular. Ao entrar no táxi agora à noite, para voltar à casa, quando me ouviu dizer que eu ia para esse lugar, o taxista foi enfático: Desculpe, mas pode descer. Lá eu não entro de jeito nenhum, menos ainda à noite. E eu procurei outro taxi. No terceiro, consegui e vim até aqui, mas o táxi me deixou na esquina da rua dizendo que eu caminhasse até à casa mais embaixo. Desci cumprimentando as pessoas e tranquilamente cheguei à casa e não tive nenhum problema nem vi nada de anormal. A não ser o medo do motorista. 

Amanhã vou participar (09 horas) de um painel sobre a Carta da Terra, com Marina Silva e Letícia Sabatella, duas boas amigas que conheço há vários anos e agora há tempos não encontro. À noite, com Regina Fittibaldi e Marcos Arruda, coordeno uma ciranda da paz. Logo eu que sou tão desajeitado para dançar. Mas, o importante é deixarmos que tome corpo em nós a dança interior que cada um de nós tem dentro de si e vive com muita vontade de se expressar. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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