Para uma ONU dos povos
Cada dia, no mundo, aumenta o número das pessoas que desejam uma ONU renovada e com força real de um governo internacional. Todos sentem que a ONU tem sido absolutamente desgastada e pouco internacional. Nesta data, há 50 anos, (17 de setembro de 1961), morria em um acidente de avião o secretário geral da ONU, Dag Hammarsjold. Com ele, morria a esperança de fazer da ONU um governo mundial. Ele tinha uma autoridade moral (recebeu depois de morto um prêmio Nobel da Paz) e atuava no mundo inteiro de forma independente pela paz e justiça internacional. Morreu quando viajava ao Congo para deter a guerra civil provocada pelos belgas e franceses que financiaram grupos internos para não permitir um governo independente no país. Isso depois de terem explorado o país por mais de um século. Os belgas assassinaram Patrice Lumumba, líder da independência do Congo e entregaram o país ao Coronel Mobuto que o dominou até ser derrubado por outro ditador nos anos 90. Se alguém quer ver o que aconteceu no Congo e como assassinaram Lumumba, alugue numa locadora em DVD o filme “Sentado à sua direita” do diretor italiano (já morto) Valério Zurlini. Atualmente aqui na Europa, há vários grupos que se movimentam para que a ONU não tenha apenas representação dos governos, como é atualmente, mas tenha também representação da sociedade civil internacional, com direito de voto e com uma constituição que obrigue os países a obedecer às decisões internacionais de justiça e de administração da paz. Tomara que se consiga isso.