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Conversa inicial, 24 de setembro de 2011

A humanidade da paz e os governos da guerra

Nestes dias, a ONU recebeu o pedido para que o Estado Palestino seja reconhecido como país independente e membro da ONU. Como a estrutura da ONU permite, bastou o presidente norte-americano dizer Não e nada se fará em sentido contrário. Ao que tudo indica os palestinos continuarão sem o seu país livre e se manterão sob os horrores da ocupação israelita.

Se se fizesse uma pesquisa entre as pessoas de todos os países do mundo, sem dúvida, a maioria da humanidade está totalmente de acordo com a criação do Estado Palestino, como única fórmula justa que vencerá a violência que há mais de 50 anos atinge aquela região. Entretanto, como o presidente dos Estados Unidos depende da votação dos milionários judeus nos EUA, ele não ousa enfrentar essa cúpula econômica que jamais permitirá uma igualdade entre judeus e palestinos.

De nossa parte, mesmo se de nada adiantará, vale a pena protestar e dizer publicamente o que pensamos de tudo isso. A humanidade sai menos unida e menos humana dessa politicagem baixa. Espero que a sociedade civil internacional não se cale e um episódio como esse seja o sinal de que não podemos esperar mais nada desse modo como a ONU está organizada. A presidente Dilma defendeu a participação do Brasil no conselho de segurança. Tomara que isso passe, mas com novas regras e sob novas condições mais democráticas.

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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