A consagração da vida
Ontem, ainda com alguns problemas de saúde (pressão alta e algum enjoo), cheguei à Itália, onde, perto de Florença, sou hospedado na Casa della Solidarietà , uma casa comunitária de leigos engajados e onde escrevo com minha amiga, a teóloga italiana-boliviana Antonieta Potente um livro sobre a vida consagrada ou consagração da vida oferecida a todos/as, independentemente de ser religiosos/as ou não. Lá fora, pelo vidro da porta, vejo tudo branco de neve. A cerca está toda alva, coberta por uma grossa camada de neve. Não ouso sair de casa, onde a temperatura é ajustada a 20 graus. Sinto que a reação alérgica que tenho com a mudança de temperatura tende a me entorpecer um pouco e tenho de lutar contra essa moleza. O diálogo que estamos aqui praticando me anima a recobrar força. O mais importante é testemunhar que a consagração da vida se faz a partir de um jeito de viver humano e quanto mais humano for, mais pode ser consagrado e quanto menos humano se mostrar, menos será de Deus.