Passeata
Estou em Brasília e acabo de voltar de uma passeata e manifestação dos movimentos populares dessa região diante da embaixada norte-americana em protesto pela prisão nos EUA dos cinco cubanos há 13 anos presos e condenados injustamente apenas por estarem investigando as redes cubanas e estrangeiras que praticavam atos terroristas contra Cuba. Nos anos 90, sabe-se que 3748 cubanos foram mortos vítimas de atentados terroristas em Havana e outras cidades, 194 crianças são até hoje vítimas de enfermidades provocadas por armas biológicas lançadas em Cuba por aviões norte-americanos e 2100 cubanos estão aleijados ou incapacitados por esses ataques ao povo cubano. Os cinco cubanos estavam descobrindo e denunciando essas redes terroristas em Miami e outras cidades norte-americanas quando foram descobertos e presos. Foram condenados como se estivessem fazendo espionagem contra os EUA, o que não é verdade. Hoje fui contactado pelos representantes de movimentos populares para participar na marcha e falar na manifestação diante da embaixada norte-americana. Mudei meu programa e fui. Um calor imenso. Uma caminhada pesada, desde a frente da Catedral até as grades que protegem a embaixada. Havia mais de mil pessoas de vários movimentos populares, principalmente do MST e da Frente de Movimentos Populares do DF. La diante da embaixada, me pediram que subisse ao carro de som e falasse ao público, o que fiz muito brevemente (dois minutos) e depois me pediram que integrasse a comissão de cinco pessoas que foi até a porta da embaixada para entregar uma carta coletiva ao embaixador. Fomos recebidos por um funcionário que recebeu a carta e prometeu que o embaixador a receberia. Pronto. Voltamos com a sensação de dever cumprido. Cansei, mas valeu.