Estou voltando da Universidade Católica de Pernambuco, onde participei e falei no lançamento do Livro Azul do Presidente Hugo Chávez. Esse encontro, promovido pelo Consulado da Venezuela, contou com mais de cem pessoas e inclusive do embaixador da Venezuela no Brasil. O grande orador e conferencista da noite foi meu amigo Pedro Lapa que fez um estudo excelente dos conceitos do bolivarianismo expressos no livro. A mim cabia uma breve palavra e eu disse resumidamente o seguinte:
Temos de agradecer ao presidente Chávez o fato de que ele nos restituiu o direito de sonhar. Dom Helder Camara dizia que sonho que se sonha só pode ser pura ilusão, sonho que se sonha juntos é caminho de solução - é mutirão e revolução.
O presidente Chávez nos dá um livro que ele escreveu em 1991, muitos anos antes de tomar o poder pelas eleições de 1999. E ali ele descreve o bolivarianismo como uma árvore que tem três raízes: a robinsiana - vinda de Simon Rodriguez e que consiste no esforço da educação, a raiz bolivariana, vinda de Simon Bolívar - a da libertação e integração latino-americana e finalmente a zamorana, vinda de Ezequiel Zamora - que liga a libertação dos lavradores e a união do campo e da cidade. O Livro Azul nos revela uma quarta e nova raiz do bolivarianismo: a chavista. O presidente Chávez nos propõe como uma quarta raiz: a espiritual ou mística que nos mostra a revolução como ato de amor solidário.