Acordamos nessa manhã com a notícia de que os eleitores norte-americanos elegeram como presidente Donald Trump. É difícil compreender isso, mas se torna mais fácil para quem, no Brasil, viu o resultado das eleições municipais e mesmo antes, como o povão das ruas se comportou de modo até conivente com o impeachement da presidente eleita. Quando foi secretária de Estado, Hillary Clinton foi responsável pela invasão de vários países da Ásia. Pode ser que ela esteve indiretamente ligada ao golpe no Brasil, como em outros países da América Latina. No entanto, eleger Trump como presidente é o gesto de desespero de quem quer rejeitar qualquer noção de solidariedade humana e se aferrar na defesa dos seus privilégios de branco, de rico, de macho e de cidadão do Império que quer dominar o mundo. O papa Francisco tem advertido que estamos em plena terceira guerra mundial. Não é mais uma guerra entre países, como era antes. É uma guerra feroz contra os pobres e deserdados desse mundo cruel. Guerra contra os migrantes, contra os movimentos sociais e contra a Democracia. Mais uma batalha perdida pelos que amam a paz e a justiça. Mas, ninguém vai roubar nossos sonhos.