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Conversa, quarta feira, 10 de junho 2015

São quase onze da noite. Escrevo do aeroporto de Guarulhos, SP, voltando de Buenos Ayres, onde fiquei detido desde ontem pela manhã por causa da greve geral que paralisou o país. Imagino que mesmo se essas greves são justas e são direitos dos trabalhadores, eles deveriam encontrar formas que pressionassem os patrões e não prejudicassem o povo todo que acaba, por isso, ficando contra eles.

Imagino uma greve dessas dos trabalhadores de transportes não parando os transportes e sim anunciando: amanhã, greve geral. Todos os ônibus e metrô funcionam normal e a novidade é que ninguém paga passagem. Isso pressionaria os patrões e governo e o povo ficaria do lado dos grevistas. É claro que uma greve geral é mais complexa. Não é só o setor de transportes... E nem pode se resolver de forma assim tão simples, mas precisaríamos encontrar formas diferentes de pressionar os grandes, sem prejudicar os pequenos.

Chegarei em Recife pela madrugada, depois de quase dois dias de atraso e estou cheio de tarefas e compromissos nesses dias.

Deus me dê força e saúde. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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