Depois de mais de um mês internada em um hospital, minha irmã Penha saiu ontem de volta para casa. Muito fragilizada e ainda devendo submeter-se a exames e a cuidados que pedem presença permanente. Cancelei mais um compromisso e estou em casa cuidando dela, o que para mim me ajuda a saber o que priorizar na vida. Daqui há uma semana, devo depor na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em Brasília sobre a questão da liberdade religiosa e contra as discriminações, principalmente na defesa das religiões afro descendentes.
Tenho a impressão de que as Igrejas cristãs a defenderem, cada uma o seu lobby e os seus interesses próprios como sendo os direitos de Deus acabam dando um testemunho mau do próprio Deus que é amor e inclusão e de Jesus que nunca pregou a si mesmo e sim ao projeto de vida doada à paz e à justiça.
Parece que as pessoas que mais estão a favor de Deus são as que não se apresentam como religiosas e sim como defensores/as dos direitos humanos. Espero me colocar junto desses irmãos e irmãs e assim poder ajudar a que o Brasil seja uma pátria de liberdade e de respeito às diferenças.