Hoje, as comunidades cristãs antigas entram no que se chama "Semana Santa do Natal" com as grandes invocações pela vinda do Senhor (invocações que se chamam "antífonas Ó" porque começam todas chamando Jesus com a interjeição Ó. "ó sabedoria!, ó chave de Davi, ó raiz de Jessé, Ó Adonai e assim por diante.
Cada dia, pela manhã e à noite, estou rezando os ofícios desses dias com minha irmã Penha (claro que ofícios adaptados na linha do Ofício Divino das Comunidades). E procuro ler a fé a partir dos acontecimentos da vida. Nesse sentido, celebro um acontecimento que torna hoje um dia especial.
Hoje, às 15 horas do horário de Brasília (12 h de Washington e 13 de Havana) acabou o tempo da guerra fria que durante mais de 50 anos isolou Cuba de todos os outros países ocidentais e foi responsável por tantos problemas. Nesse dia, o presidente dos EUA e o presidente de Cuba fizeram um acordo de restabelecer relações diplomáticas e acabar com o bloqueio de Cuba. O bloqueio econômico só o Congresso americano pode acabar e o Congresso é dominado pelos conservadores e não sabemos se o fará, mas de todo modo, estou em festa porque os EUA libertaram os três cubanos presos há tantos anos como espiões quando apenas estavam defendendo Cuba do terrorismo de grupos radicais que usam Miami como base. Cuba também soltou dois prisioneiros americanos. É um grande passo para a integração maior dos nossos países. Um sinal de que o Natal da paz é possível e nós temos de alcança-lo.