Cheguei ontem à Cidade do México, esse conglomerado humano de 20 milhões de habitantes e um território enorme do planalto mexicano. Como fica a mais de dois mil metros de altitude, o clima é sempre mais frio, embora ainda não seja inverno.
Estou bem de saúde e já consegui descansar do enfado da viagem. E como gosto desse trabalho que faço, ele me faz bem.
Fui muito bem recebido pelas irmãs beneditinas missionárias que têm pequenas comunidades inseridas por todo o país e trabalham com lavradores, índios e pessoas de periferia. Nesses dias, vou ajudá-las a ligar mais a oração com a vida, a liturgia das horas com as culturas ancestrais dos povos que vivem aqui e com os desafios da realidade atual.
Ontem, visitei a sede do CENAMI, Conselho Missionário consagrado aos índios. Eleazar Hernandes é um amigo, índio zapoteca que trabalha com comunidades indígenas e ajuda o clero e o povo católico a integrar essas culturas na pastoral e na teologia.
É incrível como sabem muito mais do que nós ligar a contemplação do amor divino a cada paisagem bonita e à sua relação com a mãe-terra e a natureza. Vejo como a carta encíclica do papa Francisco sobre o cuidado da casa comum veio reforçar e ajudar esse caminho de inserção da Igreja nas diversas culturas indígenas.