Estou de volta ao Recife depois do retiro pascal em uma chácara de amigos em Juiz de Fora, um dia no Rio sozinho e de terça até hoje com minha irmã Mércia e sua família em Maceió. No Rio, de repente, vá lá se saber por que, me senti mal, uma noite vomitando e uma moleza terrível... Até hoje estou tentando me recuperar. Amanhã vou ter de fazer exames para ver que tipo de virose foi e se já estou livre. O meu médico, amigo do coração, me pergunta: "Você precisa mesmo levar essa vida agitada? É necessidade sua?" E eu, é claro, tento me defender afirmando que eu gosto do que faço, que sinto-me bem ao estar ainda o pouco que posso com as pessoas às quais sirvo em minhas assessorias, mas não sou trabalhador compulsivo e nem estou fazendo isso para fugir de alguma coisa. Por outro lado, o sofrimento do mundo, das pessoas e nesses dias tenho tocado de perto em tanta dor humana - dor que eu gostaria de assumir nos meus ombros e no coração para aliviar ao menos um pouco o que as pessoas sentem e aí a gente se vê tão impotente.... Mas, eu creio sim, é Páscoa. Celebremos a ressurreição de Jesus e a nossa com ele. Hoje o evangelho meditado falava que Jesus ressuscitado comeu com seus discípulos e eles ainda duvidavam e hesitavam em crer, mas assim mesmo sentiam uma alegria imensa... Essa mistura de dor e de alegria, de perceber os problemas e crer na vitória da cruz é o mais profundo mistério dessa Páscoa.
Estou morto de cansado e agora vou dormir, mas como diz o refrão do salmo 139 que a Igreja canta na missa da ressurreição e meu amigo Reginaldo Veloso musicou: "Ressuscitei, Senhor, contigo estou, Senhor, teu grande amor, Senhor, de mim se recordou. Tua mão se levantou e me libertou".