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Conversa, quinta feira, 05 de março 2015

Ontem me impressionou muito ver no Google imagens do tal exército formado pela Igreja Universal do Reino de Deus - centena de rapazes formados com roupas verde oliva de militares, marchando e fazendo saudações que me pareceram nazistas. Não compreendo para que uma Igreja pode querer formar uma milícia, tanto pelo aspecto de força e de violência que o militarismo conota no mundo (aspecto tão contrário ao evangelho da paz que Jesus anunciou), como pelo contexto atual do mundo. Um mundo fortemente armado e armado para legitimar suas desigualdades e injustiças, para que uma Igreja poderia querer armar seus fieis? Espero que não seja para combater os fieis de outras religiões como os das religiões afro descendentes, quase cada dia agredidos e discriminados por crentes que se sentem agindo em nome de Jesus.

Agora pela manhã, estou saindo a Caruaru para participar de um ato ecumênico em defesa da Venezuela mais uma vez agredida por uma forte ameaça de golpe e que nesses dias lembra a figura carismática e profética do comandante Hugo Chávez que nos trouxe à América Latina um novo bolivarianismo e conseguiu integrar nossos povos em uma pátria grande e solidária. Tomara que sejamos fieis a essa herança. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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