Estou em São Paulo, onde, hoje, pela manhã, me encontrei com um grande grupo de juventude franciscana (leigos) e cooperadores das obras sociais dos franciscanos em São Paulo. Era um encontro sobre espiritualidade. Mais de cem pessoas, entre as quais algumas amigas e conhecidas de outros cursos e encontros.
Visitei a sede de um trabalho dos franciscanos com gente de rua. Muitos jovens voluntários e um trabalho bem organizado e muito interessante. Enquanto eu estava lá, chegou um rapaz, (negro, como sempre e com cara de nordestino). "Cheguei aqui ontem e perdi todos os meus documentos". Imediatamente, já tirou fotografia e já tem advogado ajudando-o na conquista de seus direitos sociais...
Como poderia eu falar sobre espiritualidade para esse pessoal que, ao contrário, são eles que me poderiam ensinar sobre esse assunto? Tão simples, o frei José, com seu modo mineiro de ser, dia e noite, tomando conta do trabalho e animando a juventude. Minha responsabilidade é confirmar a eles de que eles já são pessoas muito espirituais e Deus está neles e com eles. Se não fosse assim, eles não fariam o trabalho que fazem.
Aí sim, a partir disso podemos conversar sobre como nutrir e fortalecer essa teia de amor e viver os elementos que eles colocaram como tema desse encontro: fraternidade, acolhida, cuidado e diálogo.