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Conversa, quinta feira, 08 de outubro 2015

Hoje e amanhã, os movimentos sociais e toda a humanidade consciente que quer transformar o mundo recordam o martírio de Ernesto Che Guevara, assassinado por um coronel da ditadura militar boliviana da época (09/ 10/ 1967). Quando se completaram 40 anos da sua morte, em 2007, eu e Dom Tomás Balduíno, fomos juntos com João Pedro Stédile e uma delegação brasileira até Valle Grande, a cidade onde expuseram o corpo dele e de seus companheiros mortos e onde foram enterrados, atrás do pequeno aeroporto. De lá fomos até La Higuera, a aldeia em que ele foi assassinado. Os locais ainda são muito isolados, pobres e quase parados no tempo. Fizemos um culto ecumênico e um ato público em memória do Che. Agora, quase dez anos depois, tenho a impressão de que o mundo vive uma situação mais difícil ainda do que em 2007 e a realidade brasileira parece sem perspectivas.

É bom lembrar o Che e a radicalidade com a qual ele acreditou no futuro e deu a vida por isso. Podemos aprender com ele a teimosia da esperança e a organizar a utopia de forma que retomemos a caminhada a partir de baixo. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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