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Conversa, quinta feira, 09 de fevereiro 2012

Viva o cinema!

Ontem, com o amigo Antonio Vermigli, fui ver um filme que está fazendo sucesso no mundo todo e é candidato a Oscar no final desse mês: "A invenção de Hugo Cabret", a obra mais recente de Martin Scorcese. Considero um filme lindo e profundo. Um verdadeiro ato de amor ao Cinema. Uma homenagem ao cinema mudo, mas não como "Os artistas" que é muito bem feito, mas simplesmente reproduz um filme mudo e consegue fazer uma obra belíssima e que concorre a prêmios com esses blockbusters norte-americanos feitos em 3 D com todos os recursos contemporâneos. Nesse sentido, "Os artistas" é um grito de protesto contra o cinema só de efeitos especiais e uma apologia do verdadeiro cinema de atores e história para contar. Isso é bom. Entretanto, o filme do Scorcese (Hugo Cabret) me parece fazer mais. Aproveita-se dos próprios recursos de hoje (inclusive o 3D) para contar uma história humana e profunda e ao mesmo tempo homenagear os antigos cineastas e o cinema dos primeiros tempos, particularmente o cineasta francês Georges Melies do qual se pensava que todos os filmes (dos anos 20) estavam perdidos e de fato Scorcese conseguiu recuperar e restaurar alguns, inclusive mostra um por inteiro dentro do seu filme. Não digo mais para não tirar a alegria e a surpresa de quem puder ver o filme. É ótimo.

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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