"Senhores passageiros, dentro de alguns minutos, aterrizaremos no aeroporto de Malpensa em Milão. O tempo é instável e a temperatura é de quatro graus"... Depois de uma longa viagem, acordei com esse aviso e me preparei para desembarcar. Um casal de amigos que vive próximo de Malpensa veio receber-me. Amanhã, parto para Pistóia onde participarei e falarei em um encontro sobre os 100 anos de vida do amigo e teólogo Arturo Paoli e 50 do Concílio Vaticano II. Arturo está bem e participará do encontro. Viveu e trabalhou muitos anos na Venezuela e no Brasil (em Foz do Iguaçu). Ele é uma testemunha viva de como o Concílio mudou a Igreja e propôs uma mudança no mundo. Hoje, à noite, apesar do cansaço (o horário de sono fica perturbado com a mudança do fuso horário), terei um encontro e uma celebração com um grupo de leigos cristãos que se reúnem a cada semana para ler juntos a Bíblia e aprofundar a fé. É uma alegria confirmá-los nesse caminho. Durante o voo, li a última versão do livro que estou escrevendo com Antonieta Potente sobre a vida religiosa e parece que finalmente o livro está pronto. Tomara. Li e tenho de concordar em parar. Não que não haja coisas a dizer a mais. Sempre que releio, tenho vontade de completar, explicar melhor, desenvolver mais esse ou aquele argumento, mas se entrar nessa armadilha, o livro não sai nunca. Tenho de ser concreto e humilde. Está sempre incompleto e poderia sair melhor, mas no momento atual, é o que podemos. Tomara que possa ajudar às pessoas. Basta.