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​Conversa, quinta feira, 13 de dezembro 2012

A profissão de uma monja que acompanhei nesses dias me faz pensar sobre o significado profundo disso. O mundo atual tem cada vez mais dificuldade de comprometer-se e principalmente vive a insegurança de comprometer o futuro. Até os casamentos hoje são vividos, "até enquanto der...". E a cultura pós moderna desconstrói sistemas e opta pela fragmentação. Nessa conjuntura, alguém que oferece sua vida tem algo de profético e essa coragem só se explica pelo amor. Ontem, a Igreja lia o evangelho da visita de Maria a Isabel. E Isabel dizia a Maria: Feliz és tu porque acreditaste na promessa de Deus. Deus é o primeiro que promete e nossas promessas são respostas e continuidade dessa promessa divina. Deus é fiel porque cumpre o que promete, diz Sto Agostinho. Nós somos fiéis não porque cumprimos, mas porque cremos e esperamos em Deus. Nesses dias, eu completo 50 anos de vida de monge. Queira ou não, é minha vida toda e isso me toma por inteiro. O importante é que eu continue buscando como fazer desse gênero de vida um sinal do amor divino para a humanidade de hoje. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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