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Conversa, quinta feira, 13 de março 2014

Hoje, se completa um ano da eleição do papa Francisco. A primeira coisa a dizer que, há apenas um ano, não podíamos imaginar a mudança de ambiente que essa eleição papal (da qual eu, por exemplo, não esperava absolutamente nada) trouxe à Igreja. 

Nos anos 90, em função do final do século que se aproximava, uma editora importante da Europa lançou um livro com a biografia de dez pessoas que foram, segundo várias pesquisas, as mais influentes do século XX. E entre elas, tinha a figura de um papa: João XXIII, considerado uma das personalidades mais importante do século porque transformou a Igreja com o Concílio Vaticano II por ele convocado. Mas, a biografia que fizeram dele naquele livro não tinha como título: o papa do Concílio. O título era: "Finalmente, um cristão no Vaticano!". Ao pensar, hoje, no papa Francisco, me lembro desse título e acho que é esse o testemunho que ele passa de mais importante para o mundo. Independentemente de concordar ou não com todas as suas ideias, a atitude dele é a de retomar o diálogo afetuoso com a humanidade que o papa João tinha iniciado e os dois papas anteriores a Francisco não continuaram. 

Não acredito que papa nenhum possa mudar a Igreja. Qualquer mudança profunda tem de vir das bases e a única renovação que vale a pena será a valorização das Igrejas locais, mas parece que ele está propondo isso e espero que os bispos aceitem e se comportem à altura desse desafio. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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