Esse sábado para os cristãos dos séculos antigos se chamava "sábado in albis". Esse nome vinha de um costume ligado ao batismo de adultos na noite da Páscoa. Desde que os neófitos (aqueles que recebem a nova vida) eram batizados, se revestiam de branco (em latim in albis). E durante os oito dias da festa iam sempre às celebrações vestidos de branco para indicar que eram novos filhos da comunidade. Oito dias depois, no sábado à noite ou no domingo (amanhã), eles depunham as vestes brancas e assumiam seu lugar no meio da comunidade. São detalhes da mística do batismo que sempre me faz desejar o batismo de adultos e o catecumenato. Sinto muita pena que o movimento que tem esse nome na Igreja atual (o neo-catecumenato) seja tão fechado, dogmático e de orientação pouco espiritual no sentido da liberdade do Espírito - é muito mais da lei e da rigidez da disciplina centralizada. Gostaria muito de apoiar um movimento catecumenal aberto e profético, como penso que deveria ser. Aliás por falar em profético, hoje, 06 de abril, é aniversário do falecimento de um herói brasileiro e pernambucano dos quais poucos conhecem alguma coisa da vida. Nesse dia no século XIX, morreu o general Abreu e Lima. Apesar de que sou pernambucano como ele, o pouco que fiquei sabendo dele devo ao presidente Hugo Chávez que tinha por Abreu e Lima uma verdadeira veneração. Um homem que aqui lutou pela independência do Nordeste brasileiro da monarquia portuguesa (foi a Confederação do Equador). Quando o movimento foi esmagado e a monarquia se impôs, ele foi para Venezuela onde esteve ao lado de Simon Bolívar na luta pela independência de vários países da pátria grande. Se eu pudesse hoje, eu convocaria os movimentos populares para um ato público em memória de Abreu e Lima e do presidente Chávez que, para todo latino-americano consciente, reacendeu a chama desse amor à pátria grande e deu a sua vida pela libertação de nossos povos e a integração de nossos países em uma só unidade ou confederação bolivariana. Que Deus nos dê a alegria de ver essa nova Páscoa realizada verdadeiramente.