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Conversa, sábado, 07 de junho 2014

Para mim, cristão e ligado às comunidades, esse sábado é a vigília da festa de Pentecostes, encerramento dos 50 dias da festa anual da Páscoa, como também encerramento da semana de orações pela unidade dos cristãos. Estou em Vitória (ES) desde 5a feira, onde já dei duas palestras sobre ecumenismo e sobre diálogo interreligioso, hoje coordenei a eucaristia de ação de graças pelos 60 anos de vida de Tereza Sartório e assessorei um encontro do CEBI - ES sobre o Cântico dos Cânticos. 

Apesar do cansaço, vejo a alegria que dou ao pessoal das bases por aceitar esses compromissos. Como fazer diferente? É minha vocação e tenho de ir até o fim nesse compromisso, custe o que custar, mesmo se no meio da palestra tenho medo de me faltar o fôlego e à noite estou como se fosse para o hospital de tão cansado. Mas, não vale a pena dizer ao pessoal que tenho insuficiência respiratória  e meus dois pulmões funcionam menos de 50%. Deus sabe e enquanto der eu vou levando.

Essa festa de Pentecostes é uma celebração muito querida. Lembro-me que a missa da vigília começa pelas palavras de São Paulo: "O amor de Deus, hoje, foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5).

Hoje na missa tinha um casal de cantores que me transportavam ao céu pelas vozes belíssimas e pela qualidade artística dos cânticos. E tomamos como refrão de toda a celebração: "Quando tu, Senhor, teu Espírito, envias, todo mundo renasce, é grande a alegria!". Toda minha gratidão ao querido Reginaldo por ter colocado uma melodia tão bela para o salmo 104.

Cantaram no culto ecumênico a canção "Sal da Terra" do Milton Nascimento e eu nunca tinha prestado atenção para a letra como é bela e profunda e de fato muito ecumênica e espiritual. 

Amanhã, devo ainda fazer a homilia de um culto ecumênico na Igreja Presbiteriana no centro de Vitória. Que imensa graça de Deus poder participar de uma oração com irmãos de outras Igrejas cristãs no próprio dia de Pentecostes. Nem mereço tanta graça. Que Deus me torne digno dessa bênção tão maravilhosa.  

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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