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​Conversa, sábado, 21 de setembro 2013

Hoje, no hemisfério sul, começa a primavera. Ou deveria começar, já que, com a crise ecológica, as estações andam meio confusas e a própria natureza não consegue mais distinguir bem os tempos e os momentos. No plano do mundo, também precisamos de uma nova primavera de paz, justiça e uma nova civilidade na relação entre nós e na comunhão com a natureza. Na Igreja Católica, o papa Francisco tem insistido em retomar a primavera que foi o Concílio Vaticano II. O problema é que não adianta o papa fazer esse esforço em Roma, se nas Igrejas locais, os bispos, padres e pessoas de base não assumirem esse espírito de renovação e diálogo com a humanidade que o papa João XXIII e pastores como Dom Hélder Câmara realizaram e tanto fizeram para que fosse o novo jeito de ser Igreja. As Igrejas evangélicas e ortodoxas, membros do Conselho Mundial de Igrejas, preparam a 9a assembleia geral para o próximo mês de outubro em Busan, na Coreia do Sul. É também um evento de primavera não só atmosférica, mas espiritual. 

Hoje dediquei o meu dia a sair do Recife e ir a João Pessoa para dar um sinal de presença a uma irmã amiga. Esse tipo de gesto gratuito e fora do planejado e das atividades profissionais são também ou devem ser sinal de uma primavera que começa dentro de nós mesmos. Seja você uma pessoa de primavera. Escolha quem você vai visitar, escola o relacionamento que deve degelar como a geleira do inverno cede às águas e as flores da primavera. E aí lá no mais profundo do coração, escutemos a voz daquele que diz: "Faço novas todas as coisas" (Ap 21, 5).

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Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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