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Conversa, sábado, 24 de janeiro 2015

Manaus, desde 5a feira. Hoje pela manhã, participação em um painel (mesa redonda) no 11o encontro nacional da Pastoral da Juventude. Mais de 500 pessoas. Um acontecimento memorável. Jovens do Brasil todo e em uma verdadeira festa com muito conteúdo e, ao mesmo tempo, um caráter verdadeiramente celebrativo. É claro que, como assessor e velho, meu papel era dar força e ajudar os/as assessoras jovens que participaram comigo do painel. Procurei ser muito discreto e apenas responder às perguntas e questões que elas colocaram para mim.

O tema era "A cultura do bem viver como cuidado com a natureza e modificação no modo de vivermos as relações de gênero". Eu tratei mais do aspecto do cuidado com a natureza e também da dimensão social e política expressa no bolivarianismo. Percebi que a assembleia aceitou, mas o tema que os/as jovens queriam mesmo debater e aprofundar era a relação de gêneros. Várias moças tomaram a palavra e todas ressaltaram a importância de ter voz e vez na sociedade e de ter liberdade de ser elas mesmas. Duas jovens e um rapaz abordaram a questão das relações homoafetivas e como esse tema ainda é tabu para muita gente de Igreja. O tempo era pouco e coube aos assessores apenas dois minutos no momento final da manhã. De todo modo, estimulei os jovens a cumprirem o seu papel profético. Aliás, no começo do encontro, foi lida uma carta enviada aos jovens pelo papa Francisco. Nessa carta, o papa afirma que os jovens têm de viver a profecia da esperança. Penso que todos os participantes saem daqui bem animados.

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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