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Conversa, sábado, 28 de abril 2012

Concílio

Hoje de manhã, falei em uma livraria do centro do Recife (Apostolado Litúrgico) sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II. Ao reviver essa primavera da Igreja Católica, a tentação é pensar que aquele tempo é que era bom e hoje a situação é bem pior. De fato, nos anos 60, havia um desejo de renovação e uma coragem de ousar que hoje é mais raro de encontrar. Entretanto, ao reler as cartas de Dom Hélder Câmara, podemos perceber as dificuldades e como quem queria e visava a renovação sempre foi uma minoria. É bom lembrar isso e ver como apesar disso, conseguiram fazer coisas maravilhosas e de fato mudar tanta coisa na Igreja. Ao lembrar e constatar isso, fica claro que podemos ter esperança. O importante é olhar tudo isso não apenas a partir de dentro da estrutura eclesiástica, mas como uma missão com relação ao mundo. 

O evangelho desse 4o domingo da Páscoa é a do pastor que tira as ovelhas do aprisco e as conduz para onde houver pastagem. E o discurso sobre o pastor começa denunciando os ladrões das ovelhas. Será que Jesus se referia aos que têm o título de pastor e exigem ser considerados pastores, mas não cuidam da vida e da segurança das ovelhas? Se usar esse critério, quantos considerados pastores serão descobertos como ladrões! O importante é que sejamos como Jesus cuja missão é servir para que todos tenham vida e vida verdadeira e abundante.  

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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