Hoje, passei o dia inteiro assessorando as irmãs vicentinas da província do Nordeste (eram umas 60 irmãs de todas as idades) sobre o tema que elas escolheram para a próxima assembléia da congregação: a audácia da caridade como elã missionário. Tentei partir da realidade delas e falar de um modo que fosse bem dentro do que elas vivem e sofrem. Impressiona-me a boa vontade, o desejo de acertar, mas a cegueira de muitas do grupo ou a incapacidade de perceber que a estrutura vigente no lugar de colaborar com aquilo a que elas se propõem, atrapalha e impede. Seria como se alguém quisesse falar em liberdade se fechando em grades e com cadeados. Os meios institucionais de que dispõem parecem levar no sentido contrário à proposta aberta que desejam realizar. É claro que se pode dizer isso de todas as congregações e até da estrutura da Igreja como tal. Até que ponto uma estrutura monárquica de poder aceita comprometer-se em um projeto de transformação social? Penso que fiz o que pude e no final do dia vi que elas ou pelo menos a maioria delas estavam contentes e agradecidas. Graças a Deus.