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​Conversa, segunda feira, 09 de dezembro 2013

Estou em Brasília, onde hoje, gravei para a TV Supren, uma emissora educativa local, dois programas de televisão - entrevistas comigo - o programa se chama "Encontro para o Bom Viver" e é semanal. Eu o gravo uma vez ao mês. E agora à noite, daqui a pouco, participarei de uma celebração de fim de ano e Natal de um grupo ecumênico e leigo que acompanho como grupo de oração desde alguns anos. 

Alguém sugeriu partir da memória de Nelson Mandela. Ele se tornou uma figura simbólica. Sei que muitos grupos negros na África do Sul e mesmo fora, veem certa ambiguidade na sua posição depois que saiu da prisão. Nos anos 70, ele defendia a luta armada contra o apartheid. Ninguém pode julgá-lo por isso. Era a situação extrema daquela época. No começo da década de 90, ele sai da prisão e dialoga com o governo branco para pôr fim ao apartheid. Consegue a vitória e termina sendo mesmo presidente do país, mas com um preço: a manutenção do apartheid econômico. A desigualdade econômica continuou igual ou até piorou com a "libertação" de pessoas negras que viviam como semi-escravas e foram jogadas nas ruas sem indenização, Como foi no tempo da abolição aqui no Brasil. 

Independentemente de qualquer falha, Mandela é sim símbolo de diálogo e integração social. E a sua luta deve ser continuada. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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