Emaús
Estou voltando do encontro de teologia do meu grupo (Emaús) em Correias, RJ. Como sempre, foi um encontro marcado pela profunda amizade que nos une e a alegria de reencontrar companheiros/as de tantos anos (Leonardo Boff, Libânio, Betto, Maria Clara Bingemer, Tereza Cavalcanti, etc) e de refletir sobre temas atuais e cheios de desafios. Dois temas me tocaram mais: a preparação da Cúpula dos Povos no Rio durante a Rio 92+20 da ONU e os 50 anos do Concílio Vaticano II. Sobre a reunião da ONU, descobri que se espera pouco e a reunião já está fadada ao fracasso tanto pela falta de vontade política dos governos de mudar o rumo da sociedade com relação ao modo de tratar a terra e a natureza, como também pela crise econômica que está devastando a Europa ocidental e tb a America do Norte. A tal "economia verde" que se quer propor como medida nova para salvar a natureza é colocar preço em tudo e fazer da terra, da água e do ar, mercadorias a serem vendidas e compradas, dependendo do dinheiro que a pessoa ou empresa paga. Se paga, pode sim devastar.
A Cúpula dos Povos com seus três momentos (atividades de iniciativa própria das ONGs e organizações que querem participar, plenário dos povos e de convergência de propostas) me parece oportuna e já me inscrevi para uma atividade sobre ecologia e espiritualidade e também para uma vigília de oração interreligiosa pela paz e pelo diálogo entre culturas e entre religiões. Os 50 anos do Concílio Vaticano II também é um tema fundamental para nos ajudar a voltar a um modelo de Igreja mais atual, democrático e principalmente mais de acordo com o evangelho de Jesus.