Hoje, em todo o Brasil, as comunidades encerram a novena de Natal. Uno-me a essa onda de esperança mesmo no meio de tantos sofrimentos e de alegria mesmo no meio das dores. Lamento que a própria Igreja favorece uma forma de preparação do Natal que se concentra demais na memória do nascimento em Belém e olha pouco a perspectiva mais profunda da celebração que é a esperança da manifestação do Cristo na transformação do mundo. As antífonas chamadas Ó porque sempre começam por uma invocação, aprofundam essa dimensão do reino. A liturgia do ofício da tarde da véspera de Natal (24) também é toda centrada na dimensão da parusia, da manifestação da vinda do Senhor ao mundo, não mais como criança, como Senhor para transformar a história. Temos de saber como reinterpretar essa linguagem e fortalecer essa esperança.