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Conversa, sexta feira, 13 de novembro 2015

Hoje o dia começa com minha assessoria aos 200 participantes da 20a Assembleia nacional da Caritas. Eu e Carmen Lussi faremos uma provocação sobre a conjuntura religiosa (das religiões) e eclesial (da Igreja Católica) no Brasil. De um lado, o assunto é complexo e difícil porque todo ponto de vista é sempre vista de um ponto. E segundo porque ao abordar esse tema, o objetivo não é uma mera informação e sim um esforço de reflexão que possa animar as pessoas a se fortalecerem na mística do reino de Deus que a Caritas tem feito tão bem no Brasil em tantos projetos importantes para o povo do sertão (as cisternas para recolher água da chuva), projetos de agricultura ecológica e assim por diante...

Aqui encontrei uns 20 bispos de diferentes dioceses por todo o Brasil, a maioria deles nomeados em um contexto de Igreja anterior ao papa Francisco e alguns claramente com visão de uma Igreja Cristandade. (outros não, ao contrário, engajados nas pastorais sociais e se apresentando de forma muito simples). Quero também confirmá-los na missão.

Partiremos de algumas perguntas que não compete a nós, assessores, responder. Qual a repercussão das propostas novas do papa Francisco nas Igrejas locais? Só quem está nas diferentes Igrejas locais pode responder. (Não vou escorregar na casca de banana que seria tentar responder isso). Outra pergunta e essa sim posso responder é "quais as repercussões possíveis e desejáveis das propostas do papa Francisco nas Igrejas locais?"

Teria desejo de responder: A primeira é que as Igrejas locais passem de novo a existir como Igrejas locais, (verdadeiras Igrejas em si mesmas, unidas a Roma, mas autônomas), como queria o Concílio... Que, nas Igrejas da América Latina, possamos retomar e reatualizar o Pacto das Catacumbas e bem concretamente as propostas feitas pela Conferência dos bispos latino-americanos em Medellin em 1968.

Mas, quero falar português e não alemão para quem só entende português. Que Deus me ajude. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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