Hoje, a Igreja faz memória de São João da Cruz, carmelita do século XVI que quis reformar o Carmelo e por isso foi perseguido e até preso pelos próprios irmãos do seu convento. É um grande contemplativo e seus poemas místicos alimentam nossa espiritualidade até hoje.
Lembrei-me dele ao coordenar agora à noite uma celebração de Natal do grupo da UNIPAZ no Recife. Meditamos o capítulo 11 do profeta Isaías e procuramos em nossas próprias vidas quantos troncos secos que parecem sem vida, de repente, podem se tornar fecundos. Dom Hélder dizia: O deserto é fértil.
Hoje na América Latina, o deserto social e político está se tornando fértil pelo processo revolucionário bolivariano. Ele não depende de uma só pessoa, menos ainda de um líder. Depende sim das comunidades e grupos. Mas, como ainda é frágil e pouco aceito oficialmente, uma presença como a do presidente Chávez é ainda necessária e fundamental. Por isso, sua doença nos atinge a todos os que desejamos um mundo novo possível. Amanhã começo a orar a novena de Natal tendo como intenção principal a saúde dele que conheço pessoalmente e estimo. Considero que sua saúde é necessária a todos nós, latino-americanos.