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Conversa, sexta feira, 26 de junho 2015

É difícil compreender  a onda conservadora ou mais do que conservadora, quase fascista que, de repente, parece dominar o país. O Congresso é o mais reacionário e conservador desde 1964, totalmente dominado pelas bancadas da Bíblia, da bala e do boi, que, afinal, parecem ser tudo a mesma coisa. Da parte do povo, mais de 80% dizem as pesquisas, aprovam a redução da maioridade penal, sem perceber que isso coloca o Brasil no rol dos últimos países do mundo que ainda não respeitam a criança e o adolescente. Como o tráfico usava adolescentes de 16 porque eles não podiam ser presos, agora que poderão, o tráfico passará a usar os meninos de 13 e 14 anos. Amanhã, Eduardo Cunha e seus asseclas terão de criar a redução da idade penal para 10 anos ou quem sabe, melhor ainda 8 anos. E quanto mais fazem esse tipo de coisa mais a violência piora. Até porque é patrocinada pelo sistema econômico que eles defendem.

Um companheiro me perguntava: como continuar a crer em Deus e no ser humano vendo a maldade cotidiana que em forma de ódio e desamor parecem ser a bandeira dos nossos congressistas mais importantes? E o nosso governo não parece reagir?

Hoje o consulado da Venezuela no Nordeste me enviou convite para que eu seja o orador da cerimônia que farão em homenagem a Simon Bolívar no domingo, 05 de julho, em uma praça do Recife a ele dedicada. Que Deus me ilumine sobre o que dizer nessa ocasião. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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