Ontem, fui surpreendido com o encontro em Longiano, cidade da província de Cezzenna, perto de Rimini. Sou amigo do pároco do Castelo de Sorrivoli e sempre passo ali. Dessa vez fui convidado para falar sobre "interculturalidade e diálogo interreligioso" pela prefeitura de Longiano. Mas, não era apenas convite para falar sobre o tema. Decidiram, em nome da província, me dar um prêmio de "construtor da paz 2012" pelo meu trabalho de diálogo com a cultura negra no Brasil e tantos anos de consagração ao diálogo entre as reliigões e tradições espirituais. Respondi claramente que não me sinto merecedor disso, mas que como presente e sinal de amizade a gente não pode rejeitar, aceito como gesto de confiança e amizade não porque mereça, mas para merecer. Recebi o prêmio (era simbólico e consistia na entrega de um quadro que reproduzia um crucifixo do século XI venerado aqui nesse lugar). E respondi a muitas perguntas sobre o que penso disso e daquilo. Alguns queriam inclusive saber se sou aceito na Igreja. Respondi: depende. E falei de como me sinto bem nas comunidades eclesiais de base, nos movimentos de pastoral popular e como me sinto irmão e amigo de bispos que são verdadeiros pastores comprometidos com os mais empobrecidos. Hoje estou em Avezzano, uns 70 km de Roma e à noite devo falar para um auditório grande sobre como viver hoje na Igreja o aniversário dos 50 anos do Concílio Vaticano II.