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Conversa, sexta feira, 31 de agosto 2012

A revista Perspectivas (dos jesuítas de Belo Horizonte) publicou um artigo como recensão do livro "Por uma teologia planetária" que coordenei junto com José Maria Vigil e Luiza Tomita. É uma recensão bastante crítica e negativa. De um lado, gosto de ler críticas assim porque nos ajudam a amadurecer e aprofundar o assunto (mesmo se continuamos a não concordar com o que a crítica diz). Do outro, todo mundo sente quando a crítica é positiva no sentido de construtiva ou é meramente enraivecida e pouco objetiva. Nesse caso, tenho essa impressão. O autor é claramente contrário a uma teologia trans-religiosa e diz que eu sou também. Só porque coloquei algumas indagações. Sustenta que nossa posição é a de quem critica a religião a partir de fora - sem engajamento, o que realmente não é justo conosco. O autor confundiu o fato de que nossa meta teológica não é a Igreja e sim o reino com uma falta de compromisso espiritual e teológico. E não se trata disso. De todos os modos, quer ele queira quer não o desafio do pluralismo cultural e religioso está aí e toda teologia tem de responder a esses desafios. 

Hoje à noite fui com Penha, minha irmã, ver o filme francês Intocáveis, um filme belo e simples, humano e profundamente agradável. Se vocês puderem ver, acho que vão gostar. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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