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Conversa, terça feira, 17 de março 2015

Nesses dias, o papa Francisco fez uma surpresa. No segundo aniversário da sua eleição para bispo de Roma, ao invés de ficar olhando para trás e comemorando os dois anos passados, ele propôs uma coisa nova para o futuro: propôs um jubileu extraordinário a partir de 08 de dezembro, dia em que se encerrou o Concílio Vaticano II (há 50 anos, em 1965, portanto é um jubileu) e que durará até novembro de 2016. O papa propõe que será o Jubileu da misericórdia, ou seja, não para pensar em grandes encontros em Roma, como foi o do ano 2000. Não para voltar à questão das indulgências, etc, mas para aprofundar como viver na missão e na relação de todo dia as conseqüências da misericórdia de Deus. É claro que há o risco de ser mais uma campanha como tantas outras que já vivemos na Igreja e que no fundo passam. Pessoalmente, espero que esse jubileu nos ajude a aprofundar uma nova imagem de Deus. Sinto que na liturgia da Igreja e na prática da maioria dos católicos ainda persiste mais uma imagem de Deus como Deus da lei e da ordem do que Deus Amor que nos acolhe em sua misericórdia como uma mãe acolhe os filhinhos em seu colo.

No mesmo dia 08 de dezembro, completarei 50 anos de minha profissão de monge. Ainda não sei muito como agradecer a Deus esse tempo vivido e o que devo prometer a ele com relação ao futuro que sinto que será breve, mas quero que seja intenso. Tomara que esse clima do jubileu me ajude também nisso. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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