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Conversa, terça feira, 18 de março 2014

Hoje fui a João Pessoa e voltei. Fui para visitar minha amiga, a irmã Agostinha (87) que se sente sozinha e precisa de meu apoio. Fui, conversamos, rezamos e voltei ainda em tempo para trabalhar. 

Nesses dias, fiz visita a uma amiga de muitos anos que fazia tempo não via. Ela tem agora 80 anos. Nesses dias, me disseram que ela havia sofrido um derrame cerebral e precisava de minha visita. Fui ao seu apartamento. Está em uma cadeira de roda e muito frágil. Mas fiquei impressionado com sua positividade: Graças a Deus, estou bem. Tive dois derrames no cérebro e não perdi a lucidez. Deus tem sido bom comigo. Estou cercada de pessoas boas e que me dão muito carinho... Não posso ler, mas me sinto muito ligada a Deus e nessa doença descobri que minha Igreja (ela é de tradição evangélica) me formou de forma muito distorcida. Parece que o mais importante da fé é o pecado e a redenção. Isso não é verdade. O mais importante é a bênção divina e a alegria da criação. A vida é boa, as pessoas são fundamentalmente boas e a gente tem de sorrir e de viver feliz. 

Para mim, escutá-la foi uma lição de vida que reparto com vocês. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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