Estou voltando agora de um encontro de cristãos e cristãs inseridos nos movimentos populares aqui no Recife. Eu imaginava que encontraria umas seis ou até oito pessoas. Eu tinha escrito uma carta convidando-os para uma reflexão sobre como reanimar e articular movimentos sociais que parecem, cada um, um pouco centrados sobre si mesmos e suas pautas (importantes e justas). E como ajudar a nossa Igreja a retomar uma inserção nos movimentos sociais, como o papa Francisco propôs na Bolívia no encontro com os movimentos sociais. De fato, a reunião contou com umas 15 pessoas e foi bem além do que eu esperava. Combinaram de fazer um encontro de estudos dos documentos do 2° encontro mundial dos movimentos sociais e tentar uma reanimação de diversos movimentos que estavam articulados e agora não estão mais.
Saí esperançoso. Diante de um ou outro que dizia: estamos no deserto, lembrei a palavra de Dom Helder citando Isaías: "O deserto é fértil". E imaginem que o pessoal votou para que esse ficasse o nome do grupo que tentará articular os movimentos sociais: o deserto é fértil. Deus nos dê essa fecundidade.