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Conversa, terça feira, 29 de abril 2014

Começou ontem em várias cidades, a Semana da Classe Trabalhadora. Aqui no Recife é coordenada por várias entidades sociais que formam o Fórum Dom Helder Câmara e também pelo Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC). Não pude participar porque estou cheio de compromissos assumidos já antes e na quinta, viajarei para assessorar (junto com vários outros companheiros/as) o Encontro Nacional de Espiritualidade Libertadora para a juventude. 

Sinto que depois de um tempo meio desarticulados, os movimentos sociais começam de novo a se organizar em torno de algumas bandeiras fundamentais. Pessoalmente, a que me parece agora (neste ano) mais importante é a campanha pela coleta de assinaturas para pedir uma nova Constituinte que possa fazer a reforma política e mudar as leis no Brasil, de forma que sirvam melhor e mais profundamente a maioria da população (as pessoas mais pobres). A coleta que se fará na semana da pátria é fundamental. Sem isso, continuaremos sempre votando nos menos piores e pedindo ao povo o que há algumas décadas se chamava de "paciência histórica" que me parece de vez em quando pretexto para não avançar e me soa como o contrário do que, nos evangelhos, chamamos  de "pressa escatológica". A fome e a injustiça não esperam. Pedem soluções para já. É preciso uma mudança profunda das estruturas. A crise que se revela no atual governo mostra que reformismo ou simplesmente manter o sistema econômico e garantir algumas sobras para os empobrecidos não resolve problema nenhum. É preciso ser mais profundo e ir às raízes das questões. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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