Acabo de chegar em casa, após quase um dia inteiro no aeroporto de Brasília. Como saí de Goiânia em um taxi coletivo, cheguei em Brasília atrasado para o voo das 10, 10 h. Por isso, tive de esperar o das 15, 15 h, sentado e trabalhando no aeroporto em reforma.
Estou ainda digerindo o alimento forte e substancial da vigília pascal e da alegria dessa celebração pascal em Goiás, assim como a energia de ressurreição que recebo cada vez que visito como fiz ontem Dom Tomás Balduíno em Goiânia. Saio sempre comovido, mas ao mesmo tempo, muito fortalecido. Em janeiro, ele tinha ditado da cama as idéias para o prefácio do meu novo livro sobre os salmos. Agora, me cobrou e eu mostrei o que tinha posto por escrito. Mas, não avancei muito porque estou mudando todo o livro e a cada sugestão de alguém que eu consulto, mudo de novo. Então, achava melhor esperar. Ele me disse: Não. Façamos agora. Corrigiu o que eu mostrei a ele que havia escrito como registro do que ele ditou e mudou o texto. Depois, ainda me fez uma crítica: Você coloca várias orações budistas, islâmicas e de outras tradições. Ótimo. Mas, por que tão poucas orações dos nossos índios e negros?
Respondi que essas religiões são de tradição oral. Não se encontram muitos textos. Ele não concordou: Procure que você encontra. Prometi fazer isso e ele ficou feliz.
Que energia pascal e como consegue viver assim para fora e para os outros - com tanto amor - quando a saúde é tão fragilizada?
Hoje é o dia que a ONU dedica à Mãe Terra. Sem dúvida, a humanidade continua destruindo a natureza do mesmo jeito, mas a celebração pascal proclama uma renovação do universo. Comprometo-me a descobrir o rosto do Cristo ressuscitado na terra e na natureza. Aleluia.