As comunidades que seguem o calendário latino ouvem hoje um trecho do evangelho de Marcos (cap. 7), no qual Jesus contesta o critério de pureza dos professores de Bíblia do seu tempo e diz que a religião pura e correta é a que se expressa no amor solidário aos oprimidos e pequeninos de Deus. É uma das palavras mais radicais de todo o evangelho, porque desloca a noção de pureza, seja do plano legal, seja do ritual, seja do aspecto moral e sexual para o plano da relação humana. O que torna a gente puro ou impuro é o modo como eu me relaciono com o outro, inclusive, atualmente, não só com o outro ser humano, mas mesmo com o universo e com todo ser vivo. Neste dia 1° de setembro, desde algumas décadas, as Igrejas ortodoxas celebram o dia da criação. Não para contestar as teorias científicas da evolução, hoje comprovadas, mas para convidar a humanidade a olhar o universo com amor e descobrir por trás de cada criatura um amor que fecunda tudo: O amor divino que continua hoje criando e recriando a vida e o universo.
Hoje à tarde, participei da missa dos 110 anos da vinda das irmãs da Sagrada Família no Brasil. Elas vieram para educar os filhos e filhas dos operários de Camaragibe, a cidade onde nasci (que na época era uma vila operária) e eu como filho de operário daquela fábrica, fui aluno delas. Fui convidado a dizer a homilia da missa. Depois da celebração, houve um show de Zé Vicente, sempre cheio da graça divina e de um talento incrível que conseguia fazer de uma quadra coberta cheia de mesas de comes e bebes, um ambiente celebrativo de encontro e convivência através do encanto da música. Graças a Deus. Louvado seja o seu Espirito por nos dar artistas da caminhada como Zé Vicente.