Hoje, celebramos Pentecostes, o último dia da festa pascal (o 50o dia). Para o Judaísmo, Pentecostes é a festa das colheitas. Nós, cristãos, somos chamados a colher os frutos do tempo pascal e a receber a plenitude da ressurreição de Jesus que é o Espírito Santo.
Que alegria crer que "o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5, 5).
Começo esse dia cantando "O Espírito do Senhor, o universo todo encheu. Tudo abarca em seu saber, tudo enlaça em seu amor, aleluia, aleluia". E agradeço a Deus ter me dado essa imensa graça de perceber a sua presença e a sua atuação em todas as religiões e culturas e poder contemplar a sua açao nos outros e na humanidade, independente de Igreja. E crer profundamente que a profecia continua viva e ativa em nosso mundo, hoje, E até me sentir chamado a viver isso, mesmo no meio de minhas fragilidades.
Agradeço a Deus poder ter convivido com profetas como Dom Helder, Dom Tomás Balduíno e ainda poder dizer que sou amigo de um profeta como Pedro Casaldáliga... Mas, também da Mãe Stella de Oxossi em Salvador, da Monja Cohem em Sao Paulo e assim por diante...
Dá-me, ó Deus amor, a alegria de reconhecer o teu Espírito como Axé nas culturas afro, como Pachamama, nas culturas andinas e de outros modos como ele quiser se apresentar.
Quero sim estar com os discípulos e discípulas de Jesus novamente no cenáculo e recebê-lo ressuscitado no meio de nós. E como os discípulos no evangelho lido nesse dia (João 20, 19- 23), sentir uma imensa alegria ao "ver" o Senhor. E receber dele a paz, o perdão dos pecados, a alegria de ser testemunha e instrumento do perdão divino e para isso receber o próprio Espírito Divino...
Vem, Espírito Santo... vem...