A parábola do administrador desonesto é uma das parábolas evangélicas menos compreendidas e por isso menos queridas pelos pregadores. O fato do evangelho dizer que o Senhor louvou (elogiou) o administrador desonesto (qual senhor? o da história ou o Senhor Deus?) Se o senhor da história é Deus, isso já cria dificuldades para quem não quer manter essa imagem de Deus como um patrão distante que exige lucro de suas propriedades.
Tenho um amigo que me disse: Seria melhor não ler nas Igrejas essa passagem do evangelho antes que algum político de Brasília possa ouvi-la e se sinta justificado em sua tendência à corrupção.
Só me reconciliei com essa parábola de Jesus quando descobri que ele denuncia o sistema econômico injusto (já em sua época) e ele elogia o homem que usa a riqueza injusta não para prosperar, não para lucrar mais e sim para partilhar e fazer amigos.
E a história termina com Jesus dizendo: Vocês não podem servir a Deus e às riquezas.
Como seria importante gritar isso hoje para o mundo e para as próprias Igrejas.