Nesse domingo, a Igreja Católica celebra a festa da Ssma Trindade. Não gosto muito dessa festa por ser uma celebração dogmática, instituída na Idade Media para convencer hereges. Deus não pode ser reduzido a uma idéia ou formula. Cremos nele como amor universal, energia de comunhão e união. E essa união que os antigos diziam ser trinitaria (como de um pai, de um filho e de uma vida de amor que os une e une a todas as criaturas). Hoje poderíamos dizer holistica. De toda forma o que êh importante para nos e entrar nessa união divina, participar dela, divinizar-nos. Hoje, não afirmo mais ou expresso a minha fé do mesmo modo ou com as mesmas palavras que fazia antigamente. Hoje sei que devo crer do mesmo modo de Jesus, modelo e aperfeiçoador da nossa fé como dizia a carta aos hebreus (Hb 12). Creio em Jesus, assumindo a fé de Jesus, fé no Pai maternal, fé no projeto divino a ser realizado no mundo e alegria de ser admitido nessa intimidade divina a um ponto tal que nos tornamos um só com Jesus através do Espirito no amor do Pai, mãe de ternura.
Penso como esse caminho pode tomar não somente uma dimensão interpessoal e afetiva no plano pessoal e intimo nosso, mas também ter uma expressão social e política em estruturas mais justas e fraternas em nossa sociedade. Desde que conheci melhor, estudei e até conheci concretamente o Bolivarianismo, tenho me convencido de que, mesmo com algumas limitações, esse caminho de integração latinoamericana pode ser uma expressão mesmo parcial, mas já em ato desse sonho divino.