Pastor
Nas Igrejas antigas, esse domingo é chamado "do bom pastor". O evangelho que se lê hoje e durante essa semana é o capítulo 10 de João. A figura do pastor não é comum em nossa cultura urbana e técnica. Hoje os animais são criados em cativeiro. No mundo de Jesus, os pastores tomavam conta do rebanho durante o dia e à noite, todos guardavam as ovelhas em apriscos comuns, para que elas ficassem protegidas dos lobos e também os ladrões não as tomassem. Hoje, a imagem de pastor é religiosa. No tempo de Jesus era política. Pastor era o governante do povo. A comparação de Jesus vem de Ezequiel 34 e ao se chamar de pastor, está de um lado rejeitando os governantes daquela época como ladrões e salteadores (Jo 10, 1) e do outro afirmando que ele propõe um outro modo de organizar a sociedade e outro tipo de governo. Para mim, hoje, o importante é me deixar guiar por Deus (por sua palavra e seu projeto para o mundo) e só sei que faço isso se escuto sua palavra e convivo intimamente com essa palavra.
Esse domingo foi de antecipação do aniversário do meu sobrinho Pedro. Aqui, a chácara se encheu de amigos. A maioria jovem. Ricardo e Malu como sempre deram um show em matéria de saber acolher as pessoas. Desdobraram-se em fazer um churrasco e o ambiente foi excelente. Eu estava preocupado com Penha, minha irmã, que não muito bem de saúde (estômago), viajou para estar com seu filho (Marcelo) em Macapá. Graças a Deus, já sei que ela chegou bem e com saúde.
Essa semana que começa, terei uma série de desafios: reunião do MTC, movimento de trabalhadores cristãos, assessoria sobre ética em um encontro com os irmãos da Igreja Anglicana, seminário e lançamento do livro, palestra para o pessoal do cursilho, etc. Que Deus me inspire e ilumine para cumpri-los e bem.
Hoje recebi email de Jakarta onde Luiza Tomita está na assembléia da ASETT (Associação ecumênica de teólogos/as do Terceiro Mundo), Ela me avisa que fui eleito coordenador latinoamericano da ASETT. Só aceito para tentar ajudar a associação que está em crise e precisa de um apoio. Mas, tenho medo. Não tenho nenhum carisma para a organização e preciso articular o grupo de teólogos/as latinoamericanos/as em torno de alguns projetos fundamentais como o bolivarianismo, a teologia pluralista da libertação e assim por diante. Que Deus me ajude.