Celebramos neste domingo a festa da ascensão de Jesus. Tradicionalmente se compreendia isso como sendo a subida de Jesus ao céu. Hoje, sabemos que essa forma de falar espacial não é mais adequada a hoje. Não vemos mais o céu como lugar e sim como uma dimensão da vida ou seja a comunhão perfeita com Deus. Dizer que Jesus subiu ao céu e dizer que ele se tornou um só com o Pai, foi assumido em Deus. Gosto da comparação dos pais da Igreja que dizia que se Jesus é a cabeça do corpo da Igreja, por onde passa a cabeça, passa o corpo e por isso a vocação da divinização de Jesus é a vocação de todos nós. E hoje, estou convencido de que a gente realiza esse caminho como um processo. Não é de repente e nem magicamente. E à medida que vai se abrindo mais e mais à amorosidade. É a nossa capacidade de ser plenamente humanos e amorosos que nos faz divinos.
Hoje tive o encontro mensal com o grupo de reflexão da Igreja das Fronteiras. Uma boa reflexão sobre a unidade dos cristãos e a nossa vocação para a unidade. Unidade dentro da própria Igreja Católica, unidade entre as Igrejas e unidade de diálogo e cooperação com outras religiões. Agradeço a Deus ter me revelado, desde a minha juventude que essa é minha missão na Igreja: orar e trabalhar pela unidade. Vivo isso em meio a meus defeitos e limitações, mas é o que mais quero na vida: ser testemunha e ser construtor de diálogo e unidade entre as pessoas, como entre as comunidades.