Hoje, passei o dia inteiro com um grupo de cristãos e cristãs ligados à caminhada da Igreja no tempo de Dom Hélder. Era o retiro da partilha. Meditamos sobre o seguimento de Jesus hoje, como viver o mistério da Igreja e a missão de testemunhar o reino de Deus. Sempre me impressiona muito ver figuras maravilhosas, verdadeiras colunas da Igreja - como o padre João Pubben, Assuero Gomes, a irmã Vanda, Leda Alves, Lucinha Moreira e outros/as que perseveram no caminho e se mantêm firmes na sua fé e fiéis no seu testemunho, mesmo em épocas de inverno eclesial.
Nesse domingo, as comunidades lêem um texto do evangelho (Mc 10, 35 - 45), no qual Jesus está no caminho de Jerusalém, pela terceira vez anuncia o que o espera nessa peregrinação pascal. E aí nesse clima os dois discípulos filhos de Zebedeu pedem para ter os primeiros postos no governo que imaginam Jesus vá estabelecer.Acho incrível que esse evangelho seja lido em todas as Igrejas católicas, anglicanas e luteranas do mundo e parece que poucos padres e pastores põem a carapuça para si mesmos. É incrível como o que Jesus diz a aqueles dois discípulos não pegou e até hoje a Igreja não compreende. Continua sendo muito atual essa pergunta pelo poder nas coisas de Deus. Eu tenho vontade de começar por mim e pedir perdão a Deus por todas as tentações de poder e ambições e vaidades que eu de vez em quando ainda descubro em mim e que são disfarçadas em serviço ao evangelho, mas são narcisismo religioso mesmo. Que Deus me liberte disso.