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Meditação bíblica, terça feira, 22 de maio 2012

Queridos irmãos e irmãs, 

Nesta semana de oração pela unidade dos cristãos, as comunidades começam hoje a ouvir a oração de Jesus pela unidade (João 17). Hoje escutamos (ou lemos) o primeiro texto: João 17, 1- 10. Independentemente se o texto corresponde ou não ao Jesus  histórico ou se é redação da comunidade, essa oração reflete de forma fiel a relação íntima que Jesus tem com o Pai. A primeira coisa que mexe comigo é que ele nos permite entrar nessa intimidade, como quem está em uma sala e ouve a conversa de duas pessoas que se amam. Também me toca muito o fato de que Jesus diz: chegou a hora. Tem consciência de que sairá dali para ser entregue, ser torturado e morrer de uma forma terrível. E nessa hora especial, a palavra que mais volta nesse trecho de sua oração é o termo glória. Jesus pede que o Pai lhe dê a glória e ele manifesta a glória aos discípulos. Glória é o termo bíblico para designar um sinal visível e claro da presença divina. No primeiro testamento era a nuvem que descia sobre o acampamento de Israel como sinal de que Deus descera no acampamento. Era a luz que envolvia as aparições. Glória é como uma auréola que envolve Jesus na transfiguração para dizer que ele está cheio de Deus. Nessa oração, ele pede que Deus confirme sua presença na pessoa dele para que ele possa dar esse sinal da presença divina aos discípulos. Em sua vida pública, ele deu sinais da glória divina, curando as pessoas. Agora ele diz aos discípulos que o mundo poderá crer nele (portanto ver a glória divina nele) se os discípulos forem unidos. Então a unidade das comunidades cristãs divididas agora (depois da Páscoa de Jesus) será o sinal da glória divina, a partir do qual, o mundo poderá crer em Jesus. 

A glória é um sinal de amor. Portanto não é um assunto que interessa apenas à Igreja. Ela é importante para a credibilidade da Igreja no mundo e visa a transformação da vida em mais vida e mais amor.

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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